Foto: Karolina Silva/Avaí F.C.
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Avaí encerrou o primeiro turno da Série B de 2025 com uma média de 5.632 pagantes por jogo na Ressacada. Apesar das críticas à presença do torcedor avaiano no estádio, os números mostram que a média de público do Leão na atual Série B está dentro da normalidade com relação ao histórico do clube na competição. Os dados são do site SrGoool, que registra estatísticas referentes ao público pagante na Série B desde 2012.
Depois que a Ressacada passou por reformas no final dos anos 2000, a capacidade oficial do estádio ficou em 17.800 torcedores. Desde o fim das obras, o Leão disputou a Série B por 10 vezes, sendo a primeira em 2012 e a mais recente neste ano. Dessas participações, duas (2020 e 2021) ocorreram durante a pandemia de covid-19, com diversos jogos sem público (todos de 2020 e 12 partidas de 2021) ou com restrições de acesso ao estádio, e não foram consideradas na comparação.
Das oito participações que consideramos, a de 2025 tem atualmente a quinta maior média de público pagante, perdendo para 2013 (6.053), 2016 (5.949), 2023 (5.925) e 2018 (5.880). Depois, vêm as médias de 2024 (5.537), 2014 (5.057) e, por fim, 2012 (3.964).
Na comparação com o somatório de todos os jogos do Avaí na Série B entre 2012 e 2024 (excluídos 2020 e 2021), a média de público pagante deste ano é um pouco maior que a de todo o período anterior (5.480).
Há quem critique a atual gestão do clube por um suposto afastamento do torcedor da Ressacada, mas os números não sustentam essa hipótese. Dentro do mandato de Júlio Heerdt, a média de público do Avaí na Série B (2023-2025) é de 5.710 pagantes por jogo, contra 5.380 do período anterior (2012-2018), que teve três campanhas de acesso (2014, 2016 e 2018).
A campanha atual, evidentemente, ainda está em curso e, pelo que foi observado em anos anteriores, a média pode tanto subir na reta final da Série B, caso o time continue na briga pelo acesso, ou cair, se o Avaí estacionar no meio da tabela e não conseguir se manter na disputa pela vaga na Série A.
Diferentemente de vários dos anos anteriores, na Série B atual o Leão não vai disputar clássicos contra o Figueirense nem jogos contra clubes grandes de Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo, que costumam levar à Ressacada muitos torcedores visitantes e mesmo motivar mais avaianos a irem ao estádio. Esse cenário só ocorreu, no período analisado, em 2012 e 2023.
Médias de público pagante do Avaí na Série B desde 2012**
1º 2013 – 6.053
2º 2016 – 5.949
3º 2023 – 5.925
4º 2018 – 5.880
5º 2025** – 5.632
6º 2024 – 5.537
7º 2014 – 5.057
8º 2012 – 3.934
*na edição de 2020, nenhum jogo do Avaí como mandante teve público, por causa das restrições impostas pelas autoridades sanitárias para enfrentar a pandemia da covid-19. Pelo mesmo motivo, apenas sete partidas na Ressacada tiveram público na edição de 2021, com média de 4.471 pagantes por jogo. Essas partidas, porém, foram desconsideradas na comparação porque, mesmo com liberação de público, ainda havia restrições impostas pelas autoridades à lotação do estádio (primeiro 50% da capacidade, depois 70%) e mesmo sobre quem poderia estar presente (apenas quem tinha esquema vacinal completo), por causa da pandemia.
**campanha em andamento, com o Avaí já tendo disputado 10 dos 19 jogos como mandante
Número de sócios presentes preocupa
O que chama atenção, de fato, é o baixo comparecimento dos sócios em relação ao público presente. Com mais de 15 mil sócios (15.231 no momento em este texto é escrito, segundo o site oficial do programa de sócios do clube), recorde histórico do clube, o Avaí registra, até o momento, uma média de 5.632 pagantes por jogo na Série B. A ausência de quase 10 mil associados por partida, em média, chama a atenção e levanta críticas sobre a presença de público na Ressacada.
O debate sobre se o público poderia ser maior, já que o número de sócios também é, faz parte da discussão e cada um tem sua opinião, é claro. Na comparação com anos anteriores, no entanto, os números mostram que a média de público do Avaí na Série B em 2025 está dentro da normalidade do clube na competição.
Por Felipe Silva | Jornalista
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