Foto: Patrick Floriani / FFC
O
técnico Pintado não escondeu a frustração após a derrota do Figueirense por 2 a 1 para o Anápolis, neste domingo (27), no Estádio Orlando Scarpelli, pela 14ª rodada da Série C do Campeonato Brasileiro. Em entrevista coletiva, o treinador falou em tom de desabafo, ressaltou a necessidade de “frieza” para analisar o momento e cobrou atitude do elenco para a sequência decisiva da competição.
“Hoje deixa um sabor bem amargo. Algumas coisas a gente tem que conversar internamente, não dá para a gente falar abertamente. É muito complicado para nós pensarmos que essa equipe tem força para classificar”, afirmou Pintado, deixando claro o incômodo com a atuação e o resultado.
Com o time estacionado nos 15 pontos, a um da zona de rebaixamento e cada vez mais distante do G8, o técnico reconheceu que a prioridade passa a ser a luta contra a queda. “Esse sentimento de lutar contra rebaixamento não pode passar, embora a gente tenha iniciado a competição com essa preocupação. Mas a gente tem força para pensar diferente. Temos uma história, temos uma camisa”, frisou.
Pintado admitiu que os desfalques atrapalharam a formação da equipe, especialmente na defesa, e explicou as dificuldades enfrentadas com as improvisações. “Hoje, uma mexida bem complicada num setor que a gente tinha conseguido fortalecer, que era a parte defensiva. Isso não foi possível. O Wesley não tinha condições de iniciar o jogo, e o Yuri passou mal no intervalo, pediu para não voltar. A gente teve que refazer a substituição”, relatou.
O treinador também cobrou mais personalidade dos jogadores na hora de decidir os jogos. “Nós precisamos ter um pouco mais de personalidade. Alguém tem que assumir essa bola, alguém tem que falar: ‘Me dá essa bola que eu vou tentar uma jogada, vou arriscar alguma coisa'”, apontou, citando que o time foi “burocrático” e pouco ousado diante do Anápolis.
Sobre o futuro, Pintado foi categórico ao afirmar que o elenco precisa ser reforçado urgentemente. “Nós precisamos encontrar algo a mais que está faltando e a gente não tem hoje no plantel. A diretoria está tentando, estamos buscando soluções no mercado, mas é difícil. Qualquer clube ganha da gente hoje com 5 mil, 10 mil a mais”, lamentou.
O comandante fez questão de deixar um recado para a torcida, que protestou ao final do jogo. “Mais do que ninguém, eu sinto muito quando as coisas não acontecem pelo torcedor. A gente vê pai, mãe, filho, chegando com sorriso no rosto, querendo essa vitória. Isso me incomoda muito. O torcedor não merecia isso hoje”, disse. “A cobrança vai ser muito mais forte. A gente precisa assumir responsabilidade e responder com atitude”, completou.
O Figueirense volta a campo no próximo fim de semana, em confronto direto para se afastar da zona de rebaixamento da Série C, contra o ABC, em Natal. Em caso de novo revés, o time pode entrar na zona do rebaixamento faltando quatro rodadas.
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