Foto: Patrick Floriani / FFC
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nunciado pelo clube em 30 de abril, o técnico Pintado concedeu entrevista coletiva no dia 1° de maio, feriado de Dia do Trabalhador. Ele já trabalhou, inclusive, no próprio dia da coletiva. Também deu treino nos dias que se seguiram. Até de noite, fato que gerou grande expectativa no torcedor. No entanto, na segunda-feira (5), o clube anunciou que ele não estaria em campo na partida diante do Caxias, na qual o Figueirense foi derrotado por 3 x 2.
O clube alegou, em comunicado enviado à imprensa, que “(…) em face do feriado na semana passada, não houve tempo hábil para a devida regularização do técnico Pintado. Assim, comunicamos que o Furacão será dirigido interinamente no jogo desta noite (05/04) pelo técnico Rodrigo Carpegiani”. E foi assim, com Carpegiani no banco e um auxiliar de Pintado na beira do gramado, que o Figueirense foi para a partida que manteve o clube na lanterna da Série C.
No dia seguinte, começaram a vir à tona informações que desmentiam a justificativa do clube. Segundo o jornalista Rodrigo Faraco, da NSC, “a realidade é que sem a rescisão com Thiago Carvalho no BID da CBF não há possibilidade de inscrição de um novo treinador”, escreveu em sua coluna. De acordo com ele, esse foi o motivo da não presença do técnico Pintado à beira do campo.
Pois bem, hoje (quinta-feira) já é dia 8 de maio, nove dias após seu anúncio, e Pintado segue sem aparecer no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF e, com isso, sem poder estar no gramado na próxima partida, diante do Itabaiana na próxima segunda-feira (12). O Figueira corre contra o tempo, mas até agora esta é a definição de momento. Caso o nome de Pintado não caia no BID até às 19h da próxima segunda (12) o treinador pode até viajar ao Sergipe, mas não poderá estar no banco de reservas para comandar a equipe e a função deverá ficar a cargo de seu auxiliar, como aconteceu na derrota diante do Caxias.
Turbulência
O Figueirense vive um drama dentro e fora dos gramados atualmente. Com as saídas de Thiago Carvalho, Enrico Ambrogini e o ex-goleiro, e ídolo, Wilson. Os bastidores extra campo também estão agitados nessa semana com a viagem do Presidente da SAF Alvinegra, Paulo Prisco Paraíso, a Buenos Aires, fato que revoltou ainda mais o torcedor em virtude da derrota para o Caxias.
Segundo informações, Prisco já retornou a Florianópolis, mas esteve ausente na reunião do Conselho Deliberativo do clube onde as declarações de Enrico Ambrogini foram questionadas aos mandatários da SAF. Em campo, além da indefinição quanto à presença do comandante no banco de reservas, também se vê alguns pontos que preocupam o torcedor. Falando no setor defensivo, o Furacão segue sofrendo muitos gols e foi vazado em todos os quatro jogos de Série C até o momento, com um total de nove gols sofridos, são dois gols tomados por jogo neste início de Brasileiro.
Mas o setor ofensivo também começa a levantar algumas preocupações ao torcedor já que o Figueira tem seis gols anotados na competição e metade deles foram marcados por zagueiros, já que Lucas Dias tem dois gols, contra Tombense e Caxias, e o seu companheiro de zaga, Ligger, anotou seu 1º gol com a camisa alvinegra diante do Caxias.
De positivo, aquilo pode ser considerado o maior patrimônio do clube: a torcida, que se faz presente nos momentos mais difíceis e está vendo uma relação desgastada com a diretoria chegar a um fim que era inimaginável há cerca de 10 anos, com o Figueirense na lanterna da Série C depois de cinco edições disputadas sem sucesso na busca pelo acesso à Série B. Mesmo assim o torcedor se fez presente na segunda-feira a noite para o jogo diante do Caxias em que colocou mais público no estádio que o vice-líder da Série B, já que o Goiás colocou 4911 torcedores na Serrinha, no mesmo dia, enquanto a torcida alvinegra esteve presente com 6141 torcedores no Orlando Scarpelli.
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